sexta-feira, 22 de junho de 2012

Dados dos pensamentos verdes

20% do vertebrados estão ameaçados;
45%  até 2050 45% da população mundial não terá porçao mínima de água;
10% do PIB é gasto com efeitos ambientais;
13 Bilhões de resíduos urbanos será liberado até 2050.
25% do lixo somente é reciclado atualmente
4º C mais quente ate 2100, agravando a seca e inundações

Os objetivos do milenio - ainda pensando verde

O que são os objetivos para o milênio?

Também conhecidos como "8 Jeitos de Mudar o Mundo", os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) são um conjunto de metas pactuadas pelos governos dos 191 países-membros da ONU com a finalidade de tornar o mundo um lugar mais justo, solidário e melhor para se viver


Por vários autores
Revista Vida Simples - 08/2008
 

O compromisso foi firmado durante a Cúpula do Milênio, em setembro de 2000, após uma análise dos maiores problemas globais, e prevê um conjunto de oito macroobjetivos (voltados basicamente para as áreas de saúde, renda, educação e sustentabilidade) a serem alcançados pelas nações até 2015. São eles:
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1. Reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria
e passam fome. Cerca de 980 milhões de pessoas no mundo vivem
com menos de 1 dólar por dia. Algumas ações sugeridas são o apoio
à agricultura familiar, a programas de educação e projetos de merenda
escolar.
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2. Educação básica de qualidade para todos. Cento e treze milhões
de crianças ainda não freqüentam a escola no mundo. Fornecer
material didático gratuitamente e capacitar professores fazem parte
das iniciativas adotadas pelos governos.
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3. Igualdade entre os sexos e mais autonomia para as mulheres.
Dois terços dos analfabetos são mulheres. A ONU sugere projetos
de capacitação e melhoria da qualificação profissional feminina e a
criação de oportunidades de inserção das mulheres no mercado de
trabalho.
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4. Redução da mortalidade infantil. A cada ano, 11 milhões de bebês
morrem de causas diversas. Investimento em saneamento básico,
estímulo ao aleitamento materno e campanhas de esclarecimento
sobre higiene pessoal e sanitária são algumas das medidas propostas.
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5. Melhoria da saúde materna. Nos países pobres e em desenvolvimento,
a cada 48 partos uma mãe morre. As ações passam por iniciativas comunitárias
de atendimento à gestante, no pré e pós-parto, e por programas de apoio à saúde
da mulher.
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6. Combate a epidemias e doenças. A cada dia, 6800 pessoas são
infectadas pelo vírus HIV. A cada ano, 2 milhões de pessoas morrem
de tuberculose e 1 milhão, de malária. Distribuição gratuita de remédios
e campanhas de vacinação estão entre as propostas.
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7. Garantia da sustentabilidade ambiental. Os governos apostam em
programas de coleta seletiva e reciclagem, no suporte a projetos de
pesquisa na área ambiental e no estímulo a práticas sustentáveis,
divulgadas em empresas, escolas e comunidades.
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8. Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento. O intuito é
diminuir a desigualdade entre os países. Apoio à capacitação profissional
de jovens de baixa renda, mobilização de voluntários na área da educação
e estímulo a projetos voltados ao empreendedorismo estão entre as ações.
Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM)
* por Yuri Vasconcelos, Liane Alves, Elisa Correa
Ilustrações Adriana Leão

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_293669.shtml 

Algumas ideias verdes - Rio+20

Abro a revista época de 18 de Junho de 2012 e vejo um entrevista do secretário -geral adjunto da ONU Carlos Lopes sobre a Rio+20. Destaco alguns pontos sujestivos de sua entrevista;
1. Precisamos de um novo contrato social para o seculo XXI, citando Rousseu.
2. Desenvolvimento sustentável está apoiado em três ideias principal que evoluiram na história. i) Desenvolvimento econômico; ii) igualdade e distribuição da riqueza e; iii) preocupação com os recursos do pleneta.
3. "A verdadeira tranformaçao será quando virmos a economia como sendo o ponto principal da transformação. O ideal é que uma econoia verde aposte na inovação e na tranformação dos métodos econômicos para que sejam mais sutentáveis e mais humanos" p.60
4. As zonas mais críticas do planeta é a África, coencidetemente o continente que mais cresce (5,8%); hoje possuem 1 bilhão de pessoas, até o final do seculo serão 2 bilhões; possuem conflitos profundo no Shael ao Saara e no vale Rift; o PIB passara as ser menos rural e; a Africa possui as maiores terras arraveis do planeta.
5. O Brasil ainda não é líder ambiental a ser seguido.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O foco sempre

Hoje somos 7 bilhões de pessoas no mundo, até 1968 éramos somente 3,5 bilhões de pessoas, isto significa que quando um sujeito de pouco mais de 50 anos era jovem, ele tinha simplesmente a metade da concorência. Por si só isto não é um dado alarmante se o mundo nao tivesse encolhido. Sim, o mundo encolheu e tornou-se plano, em decorrência as mudanças que ocorrem. Esta concorrência agregada a voracidade do mundo capitalista deixa os jovens, e de forma geral todas as pessoas, tendo que dar o  seu melhor a toda hora.Existe pessoas que conseguem manter o foco sempre, enquanto que algumas pessoas se disperçam muito na vida, com coisas futeis. Os gênios mantem o foco sempre... e isso é tão difícil pra nos meros mortais....

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Contradições de músicas




domingo, 17 de junho de 2012

Coisas de um domingo a noite...

Talvez o fim e começo de todas as reflexões, das coisas que fizemos na vida seja a busca para a explicação do próprio Eu. Por isso a pergunta filosófica inevitável é "Quem sou eu?".  Assim dita esta pergunta sempre parece exteril, porque poucas pessoas vão de fato perguntar-se sobre algo que parece tão óbvio. De fato a filosofia tem disso, aburdamente simples e simultaneamente tão enigmática, como a vida. A vida por vezes parece absurdamente simples, na simplicidade do sorriso de uma criança ou no jesto simples de um sorriso, fazemos pessoas felizes; por outro lado complicamos as vezes o que é simples, muito simples. Li outro dia que casais se separam pela forma como usam o creme dental. Essa é a vida... ridicula e maravilhosa, depende de como a encaramos.

ainda sobre gobalização


Uma das características do que chamo de "modernidade sólida" era que as maiores ameaças para a existência humana eram muito mais óbvias. Os perigos eram reais, palpáveis, e não havia muito mistério sobre o que fazer para neutralizá-los ou, ao menos, aliviá-los. Era óbvio, por exemplo, que alimento, e só alimento, era o remédio para a fome.
Os riscos de hoje são de outra ordem, não se pode sentir ou tocar muitos deles, apesar de estarmos todos expostos, em algum grau, a suas consequências. Não podemos, por exemplo, cheirar, ouvir, ver ou tocar as condições climáticas que gradativamente, mas sem trégua, estão se deteriorando. O mesmo acontece com os níveis de radiação e de poluição, a diminuição das matérias-primas e das fontes de energia não renováveis, e os processos de globalização sem controle político ou ético, que solapam as bases de nossa existência e sobrecarregam a vida dos indivíduos com um grau de incerteza e ansiedade sem precedentes.
Diferentemente dos perigos antigos, os riscos que envolvem a condição humana no mundo das dependências globais podem não só deixar de ser notados, mas também deixar de ser minimizados mesmo quando notados. As ações necessárias para exterminar ou limitar os riscos podem ser desviadas das verdadeiras fontes do perigo e canalizadas para alvos errados. Quando a complexidade da situação é descartada, fica fácil apontar para aquilo que está mais à mão como causa das incertezas e das ansiedades modernas. Veja, por exemplo, o caso das manifestações contra imigrantes que ocorrem na Europa. Vistos como "o inimigo" próximo, eles são apontados como os culpados pelas frustrações da sociedade, como aqueles que põem obstáculos aos projetos de vida dos demais cidadãos. A noção de "solicitante de asilo" adquire, assim, uma conotação negativa, ao mesmo tempo em que as leis que regem a imigração e a naturalização se tornam mais restritivas, e a promessa de construção de "centros de detenção" para estrangeiros confere vantagens eleitorais a plataformas políticas.
Para confrontar sua condição existencial e enfrentar seus desafios, a humanidade precisa se colocar acima dos dados da experiência a que tem acesso como indivíduo. Ou seja, a percepção individual, para ser ampliada, necessita da assistência de intérpretes munidos com dados não amplamente disponíveis à experiência individual. E a Sociologia, como parte integrante desse processo interpretativo — um processo que, cumpre lembrar, está em andamento e é permanentemente inconclusivo —, constitui um empenho constante para ampliar os horizontes cognitivos dos indivíduos e uma voz potencialmente poderosa nesse diálogo sem fim com a condição humana.
PALLARES-BURKE, Maria Lúcia Garcia. Entrevista com Zigmunt Bauman. Tempo soc. [online]. 2004

Cenário Mundial


Crise internacional terá efeito pelos próximos dois anos, diz Tombini
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira (12) que a crise internacional trará volatilidade aos mercados e crescimento abaixo do esperado para a economia global pelos próximos dois anos.
"Nosso cenário básico é que teremos, ao longo dos próximos dois anos, volatilidade dos mercados internacionais e crescimento abaixo do que se esperava", declarou Tombini, durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), no Senado Federal.
A expectativa é que a economia global cresça somente 2,3% neste ano, abaixo dos quase 3% esperados pelo mercado no final do ano passado.
O presidente do BC ressaltou que, do início deste ano para cá, a economia européia teve uma "recaída" na crise por conta da dívida grega e dos recentes questionamentos sobre o sistema financeiro na Espanha.
O PIB (Produto Interno Bruto) da União Europeia deve cair 0,35% neste ano, lembrou Tombini, e crescer 1% no ano que vem.
No caso dos EUA, ele afirmou que a perspectiva é de expansão "moderada". "A economia americana não crescerá mais a 3%, 3,5% ao ano, mas sim na faixa dos 2% a 2,5% ao ano. Mas está ocorrendo uma recuperação."
Sobre a China, a visão é que, a despeito da desaceleração do crescimento do país asiático (a meta é de crescimento de 7,5% neste ano), haverá uma transição suave. "A China tem capacidade de coordenar e administrar um pouso suave da sua economia. Ela tem instrumentos para tanto."

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A formação que acerta - acerca do mundo Globalizado

Em seu livro o "O mundo é Plano" de Thomas Friedmann no capítulo seis, Thomas Friedmann se pergunta: "Qual é o tipo certo de ensino prara prprar nossos jovens para esses empregos". (p.324) Se refere as esses empregos como os empregos do mundo globalizado, os empregos do futuro. E citatando um economista afirma que: "No futuro, o modo como educamos nosso filhos poderá se mostrar mais importante do que o quanto nós o educamos" (idem).
"Qual a formação que acerta? Qual é a 'educação certa' que os jovens precisma pra se preparar pra o empregos no novo centro? E como criar isso?" (idem). Há quatro qualidade e atitudes a serem tomadas para alcançar o novo "centro" da globalização.
1) A mais importante capacidade do mundo globalizado é a capacidade de "aprender a aprender". "... para abosorver constantemente, e eninsar a si próprio, maneir as novas de fazer coisas velhas ou maneiras novas de fazer coisas novas. Está é a capacidade que cada trabalhardor deveria cultivar numa era em que muitos empregos, em parte ou totalidade, serão constantemente expostos a digitação, automação e terceirização, e em que cada vez mias rapidamente surgirão novs empregos e indústrias totalmente novas. Neste mundo, não é apenas o que você sabe, mas como você aprende o qeu vai diferenciá-lo. Porque o que você sabe hoje estará desatualizado mais cedo do que você pensa" (324).
Fridman retrata uma pergunta que uma estudante fez a ele "como se aprende a aprender?"
" - Procure seus amigos e faça a eles uma so pergunta: 'Quem são seus professores favoritos? Então faça uma lista destes professores, vá e faça seus cursos, não importa o que eles estam lecionando nem aula ou assunto.
Não importa se eles estajam ensinando mitologia grega, cálculo, história da arte ou literatura americana - faça seus cursos. Porque quando me lembro dos meus professores favoritos, não me lembro especificamente do que eles me ensinaram, mas me lembro bem de ficar animado a aprender. O que ficou comigo não são os fatos que eles transmitiram, mas o entusiasmo com o aprendizado que inspiravam em mim. Para aprender como aprender, você tem que amar aprender - ou pelo menos tem que gostar - , porque em grande parte tem a ver com a motivação para ensinar a você mesmo. E embora pareça que algumas pessoas simplesmente nascem com motivação, muitas outras podem desenvolvê-la ou tê-la implantada poelo professor (ou pai, ou mãe) certo.
 QC+QP>QI" (325) (traduzindo: Quaociente de Curiosindade mais o Quociente de Paixão é maior que o Quaciente de Inteligência).
2) O segundo Paixão e Curiosidade
"Dê-me um jovem com paixão por aprender e curiosidade para descobrir e vou lhe dar preferência sempre, em vez de um jovem menos apaixonados e com alto grau de QI. Porque crianças curiosas e apaixonadas são autoeducadoras e automotivadoras.(....) 'O trabalho tem importâncias' disse Searls, 'mas a curiosidade tem mais importância. Ninguém trabalha mais duro do que uma criança curiosa'" (326)

3) Você precisa gostar de pessoas.
"Você precisa ser bom em lidar ou interagir com outras pessoas. Embora ter boas habilidades inter-relacionais ou interagir com outras pessoas."

4) É nutrir a parte direita do cérebro assim como a esquerda.
Friedman cita Daniel Pink, sobre a funcionalidade do cérebro:
"O hemisfério esquerdo lida lida com sequência, entendimento literal e análise. O hemisfério direito, por sua vez, cuida do contexto, expressões emocional e síntese. (...) Os dois hemisférios trabalham em conjunto, e usamso ambos em quase tudo o que fazemos. Mas a estrutura do nosso cérebro pode ajudar a explicar os contornos de nossos tempos.
Até recentemente, as habilidades qeu levavam ao sucesso na escola, no trabalho, nos negócios, eram as características do hemisférios esquerdo. Eram os tipos de talento linear, lógico e analítico medidos em testes de admissão para universidades. Hoje, essas capacidades ainda são necessárias. Mas já não é o suficientes. Num mundo virados às avessas pela terceirização, inundados de dados e sufocado por escolhas, as habilidades que mais importam estão agora masi proximos em espírito das especialidades do hemisfério direitos - vocaçoes, empatia, ter visão globar e a busca do que transcende" (Pink, in Friedman, p. 329-330).

 

domingo, 27 de maio de 2012

Introdução à Ética – leitura de Vázquez


Colocação do Problema: Quando falamos dos problemas de filosofia prática, especialmente os chamados problemas éticos e morais, este problemas são evidentemente óbvios como, por exemplo: ‘Devo cumprir a promessa que fiz a um amigo?’; ‘É legítimo agredir alguém em defesa própria?’; ‘Um soldado que mata em nome da pátria é culpado pelos crimes?’; ‘Em algumas ocasiões posso mentir para o bem da maioria?’; e outros.
Estes exemplos são alguns exemplos de problemas práticos que se apresentam na vida das pessoas. Todos estes problemas não dizem respeito somente a pessoa que é acometida deles, mas também dizer respeito a ‘outras pessoas que sofrerão as conseqüências de sua decisão ou da sua ação’ (Vázquez, p.16), e em alguns casos dizem respeito a toda humanidade.
Quando escolhemos agir ou analisamos ações de outras pessoas eminentemente emitimos juízos morais. Quando emitimos juízos morais aceitamos uma norma. A norma é tida como obrigatória a todos que a aceitam, e compreendem que tem o dever de agir desta ou daquela forma. No caso de alguém não agir conforme a norma aceita nos a repudiamos a ação, e consideramos errada ou má.
Uma decisão moral sempre é uma ação ou um juízo refletido, que exige a compreensão da norma.Quando nos deparamos com tais tipos de ações ou decisões nos deparamos com tal tipo de conduta humana nos deparamos com o campo da moral.
O campo da moral sempre tem dois aspectos relevantes o subjetivo e o intersubjetivo:
“de um lado, atos e formas de comportamentos dos homens em face de determinados problemas, que chamamos de morais, e, de outro lado, juízos que aprovam ou desaprovam moralmente os mesmos atos” (Vázquez, 16).
As normas são sempre uma interpretação própria das pessoas e está ligada à sua sociedade.O primeiro aspecto íntimo ou pessoal, que leva um sujeito a agir desta ou daquela maneira frente a certos problemas específicos, esta é uma característica pessoal, um característica com grande carga psicológica, uma consciência da ação. O segundo aspecto mais social, diz respeito a juízos que emitimos sobre ações de outras pessoas, está “sujeito a variações de época para outra de uma sociedade para outra, remonta até as próprias origens do humano como ser social”(Vazquez, p.17). De forma geral deveríamos ter a mesma norma para emitir juízos sobre ambos os casos.
A reflexão sobre estes problemas práticos é a teoria moral, que nada mais é do que o campo da Ética. A teorização destes problemas pertence ao campo da filosofia, como reflexão mais aguda sobre estes princípios.
Quando nos deparamos com estes tipos de problemas morais na nossa vida, normalmente usamos regras aceitas pela sociedade, e argumentos que justificam nossa decisão, ligada a religião ou a lei.
Este aspecto comum da moral leva culturas ou sociedades, a variar suas normas do que consideram certo ou errado. Esta variação de normal leva a uma relativização, apesar de ser inerentes a todos os seres humanos, enquanto seres de relacionamentos.
Todas as sociedades e também todas as pessoas se deparam com questões práticas no se cotidiano, são situações que muitas vezes são extremamente complicadas de escolher, onde o certo e errado não estão sempre evidentes. Por isso se diz que todas as pessoas pensam a moral. Já por outro lado tratar teoricamente e de forma genérica destes problemas é assunto da ética.
Para Vázquez a ética busca dizer se um ‘comportamento é pautado por normas, ou em que consiste o fim – o bom – visado pelo comportamento moral, do qual faz parte o procedimento concreto” (cif. 17).
O problema de agir de acordo com uma norma ou regra não é um problema ético, mas moral prático de cada pessoa. É interessante notar que a ética determina regras e normas gerais, mas não determina a moral. Uma investigação teórica determina os limites do certo e do errado, do bem e do mal, mas não determina o que devemos fazer. A esfera da ação é sempre uma questão particular prática.
A moral implica numa questão intransferível que é o problema da liberdade e da responsabilidade. Esta é a característica fundamental da moral. O sujeito é responsável pelo que vai fazer, estudando ou não ética. Todo pessoa pode escolher agir desta ou daquela forma, quando isto ocorre o homem é responsável.
Os problemas morais práticas e teóricos são diferentes, mas muitas vezes seus limites são sutis, e se implicam.
A ética influi para fundamentar e justificar a conduta do ser humano, mas não pode nunca decidir pelo ser humano, a decisão é uma ação própria de cada individuo. A reflexão ética chega a colocar diferentes formas do que é bom, seja a felicidade, o poder, o prazer...
A ética implica em toda a esfera do comportamento humano, como na política, na ciência, na arte, no direito....
A reflexão filosófica da moral, ou seja, a ética; esta pode parecer uma reflexão estéril quando se afasta dos problemas práticos, e permanece uma teoria em si mesma. A relação da ética coma moral é indireta, mas contundente: “ao definir o que é o bom, se está traçando um caminho geral, em cujo o marco os homens podem orientar a sua conduta nas diversas situações particulares” (Vazquez, p.18

domingo, 20 de maio de 2012

manuscrito de Platão


1. A alegoria da Caverna


            A filosofia platônica tem a preocupação política, quer formar jovens que possam atuar como político, em sua Academia, não era qualquer um que era aceito, Platão acreditava que os homens nasciam diferentes, e somente os com alma dotada de tais possibilidades poderia ser aceitos.
            Platão tem dois problemas básicos que quer resolver com a sua filosofia. Por um lado a tradição pré-socrática não tinha dado uma resposta satisfatória para o problema do movimento, e em segundo lugar teria que levar em conta os ensinamentos antropológicos do seu mestre, que era o conhecimento que levaria ao bem. Ou seja, explicar porque as coisas fluem e de outro permanecessem estáticas.
Platão era dualista, defendia que o mundo era dividido em mundo das idéias de onde a alma fazia parte e mundo sensível de onde os objetos faziam parte.
Vejamos:
“.... representa da seguinte forma o estado de natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens em morada subterrânea, em forma de caverna, que tenha em toda a largura uma entranha aberta para a luz; estes homens aí se encontram deste a infância, com as pernas e o pescoço acorrentados, de sorte que não podem mexer-se nem ver alhures exceto diante deles, pois a corrente os impede de virar a cabeça; a luz lhes vem de um fogo acesso sobre uma eminência, ao longe atrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa um caminho elevado; imagina que ao longo deste caminho, ergue-se um pequeno muro, semelhante aos tabiques que os exibidores de fantoches erigem à frente deles e por cima dos quês exibem suas maravilhas.
(...)
Figura, agora, ao longo deste pequeno muro homens a transportar objetos de todo gênero, que ultrapassam o muro, bem como estatuetas de homens e animais de pedra, de maneira e de toda espécie de matéria; naturalmente, entre estes portadores, uns falam e outros se calam.
(...) um estranho quadro e estranhos prisioneiros!
(...)
Considera agora, o que lhes sobrevirá naturalmente se forme libertos das cadeias e curados da ignorância. Que se separe um desses prisioneiros, que o forcem a se levantar imediatamente, a volver o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos à luz: ao efetuar todos esses movimentos sofrerá, o ofuscamento o impedirá de distinguir os objetos cuja sombra enxergava há pouco. O que achas, pois, que ele responderá se alguém lhe vier dizer eu tudo quanto vira até então era apenas vãos fantasmas, mas que presentemente, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê de maneira mais justa? Não crês que ficará embaraçado e que as sombras que via a pouco lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que ora são mostrados?
(...)
E se o forçam a fitar a própria luz, não ficarão seus olhos feridos? Não tirará dela a vista, para retornar às coisas que pode olhar, e não crerá que estas são realmente mais distintas do que as outras que lhe são mostradas?
(...)
Necessitará, pensa, o hábito para ver os objetos da região superior. Primeiro distinguirá mais facilmente as sombras, depois as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas, a seguir os próprios objetos. Após isso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e a lua, contemplar mais facilmente durante a noite os corpos celestes e o céu mesmo, do que durante o dia o sol e sua luz.
(...)
Por fim, imagino, há de ser o sol, não sua vãs imagens refletidas nas águas ou em qualquer outro local, mas o próprio sol em seu verdadeiro lugar, que ele poderá ver e contemplar tal como é.
(...)
Imagine ainda que este homem torne a descer à caverna e vá sentar-se em seu antigo lugar, não terá ele os olhos cegados pelas trevas, ao vir subitamente o pleno sol?
(...)
E se, para julgar estas sombras, tiver que entrar de novo em competição, com os cativos que não abandonaram as correntes, no momento em que ainda está com a visa confusa e antes que seus olhos se tenham reacostumado (...), não provocará riso à própria custa e não dirão eles que, tendo ido para cima, voltou com a visa arruinada, de sorte que não vale mesmo a pena tentar subir até lá. (...)
(...)
Cumpre aplicar ponto por ponto esta imagem ao que dissemos mais acima, comparar o mundo que a vista nos revela à morada da prisão e a luz do fogo que a ilumina ao poder do sol. No que se refere à subida à região superior e à contemplação de seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma ao lugar inteligível (...) tal é minha opinião: o mundo inteligível, a idéia do bem é percebida por último e a custo, mas não se pode percebê-la sem concluir que é a causa de tudo quanto há de direto e belo em todas as coisas, que ela engendrou, no mundo visível, a luz e o soberano da luz; que, no mundo inteligível, ela é própria é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e que é preciso vê-la para conduzir-se com sabedoria na vida particular e na vida pública.
(...)
A educação é, portanto, a arte que se propõe este fim, a conversão da alma, e que procura os mies mais fáceis e mais eficazes de operá-la, ela não consiste em dar a vista ao órgão da alma, pois que este já o possui; mas como ele está mal disposto e não olha para onde deveria, a educação se esforça por leva-lo à boa direção” (A republica, Platão, in Andery, p. 71-13).

 

2. O conhecimento


Platão não buscava as verdades essências da forma física como buscavam Demócrito e seus seguidores, sob influência de Sócrates buscava a verdade de forma contemplativa, isto significa, buscar a verdade no interior do próprio homem. Porém o próprio homem não é meramente subjetivo, mas como um participante das verdades essenciais do ser.
Platão assim como seu mestre Sócrates busca descobrir as verdades essenciais das coisas. O conhecimento era assim o conhecimento do próprio homem, mas sempre ressaltando o homem não enquanto corpo, mas enquanto alma. O conhecimento que continha na alma era a essência daquilo que existia no mundo sensível, assim em Platão também a técnica e o mundo sensível era secundário. Eu reconheço um cavalo, porque tenho a idéia perfeita de um cavalo em minha alma, isto significa, que a alma perfeita já teve acesso a perfeição da idéia de cavalo, antes da experiência física do cavalo, porém só se da conta deste conhecimento no momento em que experiência o cavalo. Mas esta experiência seria sempre só passageira se a forma imutável do cavalo não fosse reconhecida pela alma. A alma humana enquanto perfeita participa do mundo perfeito das idéias, porém este formalismo só é reconhecível na experiência sensível.
            Também o conhecimento tinha fins morais, isto é, levar o homem a bondade e a felicidade. Assim a forma de conhecimento não era a pesquisa, e sim a contemplação, que faria o homem dar-se conta das verdades que sempre já possuía e que levavam-no a discernir melhor dentre as aparências de verdades e as verdades. A obtenção do autoconhecimento  era um caminho árduo e metódico.
            Referente ao mundo material o homem pode ter somente a doxa (opinião) e téchne (técnica), que permitia a sobrevivência do homem, ao passo que referente ao mundo das idéias, ou verdadeiro conhecimento filosófico o homem pode ter a épisthéme (verdadeiro conhecimento).
            Platão não defendia que todas pessoas tivessem igual acesso a razão, apesar de todos terem a alma perfeita, porém nem todos chegavam a contemplação absoluta do mundo das idéias.

3. O homem de alma imortal e perfeita, e corpo mortal


            O homem para Platão era dividido em corpo e alma. O corpo era a matéria e a alma era o imaterial e o divino que o homem possuía. Ao passo que o corpo sempre está em constante mudança de aparência, forma... a alma não muda nunca, a partir do momento em que nascemos temos a alma perfeito, porem não sabemos. A verdades essenciais estão escritas na alma eternamente, porém ao nascermos esquecemos, pois a alma é aprisionada no corpo.
            Platão acreditava que a alma depois da morte reencarnava em outro corpo, mas a alma que se ocupava com a filosofia e com Bem esta era privilegiada ao morrer, a ela era concedida o privilégio de passar o resto de seus tempos em companhia dos deuses.
            O conhecimento da alma é que dá sentido à vida. Tudo foi criado pelo Demiurgo (seu criador), um divino artesão que criou o mundo real e sua aparência.
            Ação do homem se restringe ao mundo material, no mundo das idéias o homem não pode transformar nada. Porque se é perfeito não pode ser mais perfeito.

4. Para aprofundar: teoria do conhecimento


            O conhecimento referente as coisas visíveis inicia com as imagens, as aparências, os reflexos da água, as sombras, são as formas mais rudimentares do conhecimento, fulgazes e falsas. O segundo nível já não é mais a aparência, mas os próprios objetos destas imagens, como animais, plantas... Destes objetos podemos ter opiniões, ainda não sabemos nada alem do sentidos, podemos ter tato, visão, audição, olfato e paladar. Mas ainda não pode ser considerado um conhecimento propriamente dito.
            O terceiro nível já se encontra no conhecimento inteligível. Que sem auxilio de imagem qualquer chega a um principio. Neste nível encontram-se as figuras geométricas, a aritmética, os ângulos, os números pares e impares...é o conhecimento matemático. Aqui existe um conhecimento que independente do sensível, alcança rigor lógico. Na matemática a alma é levada a sair do mundo sensível para o conceitual. É um nível de conhecimento que não encontra mais ressonância no mundo físico e prepara a alma para a dialética. No Quarto estágio a alma elabora hipóteses que servem de trampolim à princípios universais. Ela dialeticamente só se apega a suas próprias idéias para chegar a conclusão. Assim o homem quando se torna dialético compreende a realidade de todas as coisas. É assim que o homem através do diálogo penetra na verdade de todas as coisas.
            A realidade das coisas está nas idéias, o físico é mera aparência. O verdadeiro conhecimento das coisas não pode ser mutável, isto significa que a verdade não pode ser vista com os sentidos, porque para os sentidos todas as coisas mudam. Logo a verdade deve ser algo acessível somente através da razão, pois é na razão que está a possibilidade de se pensar a imutabilidade das coisas, sendo assim, a realidade imutável é ideal.

5. A política


            “...os males não cessarão pra os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente”. (Platão).
            Esta afirmação de Platão deve ser compreendida pelo baseado na teria do conhecimento e lembrando que o conhecimento para Platão tem fins morais. Mas resta-nos ressaltar outro aspecto. Platão acreditava que existiam três espécies de virtude baseada na alma. A primeira virtude era a da sabedoria, deveriam se a cabeça do Estado, ou seja, governante, pois possuem caráter de ouro e utilizam a razão. A segunda espécie de virtude é a coragem, deveriam se o peito do estado, isto é, os soldados, pois sua alma de prata é imbuída de vontade. E por fim, a virtude da temperança, que deveriam ser o baixo-ventre do estado ou os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das coisas sensíveis.

Atividades

1-       Explique os graus do conhecimento de Platão (mundo sensível e mundo das idéias) através da alegoria da caverna.
2-       Qual o papel da educação para Platão?
3-       Por que podemos dizer que a filosofia platônica tinha fins políticos? (Justifique sua resposta com argumento históricos e filosóficos).
4-       Justifique o que Platão entende com conhecimento filosófico, segundo a seguinte frase: “... os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes que os chefes das cidades, por divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente”(Platão)
5-       Segundo Platão existem dois tipos de conhecimento: o verdadeiro (episteme) e as meras opiniões (doxa) estes são os matemáticos e filosóficos, e a diferença entre eles são a respeito do método e objetos.

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