Crise internacional terá efeito pelos próximos dois anos, diz Tombini
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,
afirmou nesta terça-feira (12) que a crise internacional trará volatilidade aos
mercados e crescimento abaixo do esperado para a economia global pelos próximos
dois anos.
"Nosso cenário básico é que teremos, ao longo
dos próximos dois anos, volatilidade dos mercados internacionais e crescimento
abaixo do que se esperava", declarou Tombini, durante audiência pública na
CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), no Senado Federal.
A expectativa é que a economia global cresça
somente 2,3% neste ano, abaixo dos quase 3% esperados pelo mercado no final do
ano passado.
O presidente do BC ressaltou que, do início deste
ano para cá, a economia européia teve uma "recaída" na crise por
conta da dívida grega e dos recentes questionamentos sobre o sistema financeiro
na Espanha.
O PIB (Produto Interno Bruto) da União Europeia
deve cair 0,35% neste ano, lembrou Tombini, e crescer 1% no ano que vem.
No caso dos EUA, ele afirmou que a perspectiva é de
expansão "moderada". "A economia americana não crescerá mais a
3%, 3,5% ao ano, mas sim na faixa dos 2% a 2,5% ao ano. Mas está ocorrendo uma
recuperação."
Sobre a China, a visão é que, a despeito da
desaceleração do crescimento do país asiático (a meta é de crescimento de 7,5%
neste ano), haverá uma transição suave. "A China tem capacidade de
coordenar e administrar um pouso suave da sua economia. Ela tem instrumentos
para tanto."
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