terça-feira, 18 de junho de 2013

 
 
 
 
 
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quarta-feira, 20 de março de 2013

O QUE É ISTO – A FILOSOFIA?

Uma a adaptação do livro de Martin Heidegger publicado em 1956 – Qu’est-ce Que La Philosophie? Com esta questão tocamos um tema muito vasto. Por ser vasto, parece indeterminado. Por ser indeterminado, podemos trata-lo sob os mais diferentes pontos de vista e sempre atingiremos algo certo. Entretanto, pelo fato de, na abordagem deste tema tão amplo, se interpretarem todas as opiniões, corremos o risco de nosso diálogo se perder a devida concentração. Por isso devemos tentar determinar mais exatamente a questão. Desta maneira, levaremos o diálogo para uma direção segura. Procedendo assim, o diálogo é conduzido a um caminho. Digo: um caminho. Assim concedemos que este não é o único caminho. Deve ficar mesmo em aberto se o caminho para o qual desejaria chamar a atenção, no que segue, é na verdade em caminho que nos permite levantar a questão e responde-la. Suponhamos que seríamos capazes de encontrar um a caminho para responder mais exatamente à questão; então se levanta imediatamente uma grave objeção contra o tema de nosso encontro. Quando perguntamos: Que é isto – a filosofia? falamos sobre a filosofia. Perguntando desta maneira, permanecemos, num ponto acima da filosofia e isto quer dizer fora dela. Porém, a meta de nossa questão é penetrar na filosofia, demoramo-nos nela, submeter nosso comportamento às suas leis, quer dizer, “filosofar”. O caminho de nossa discussão deve ter por isso não apenas uma direção bem clara, mas esta direção deve, ao mesmo tempo, oferecer-nos também a garantia de que nos movemos no âmbito da filosofia, e não fora e em torno dela. O caminho de nossa discussão deve ser, portanto, de tal tipo e direção que aquilo de que a filosofia trata atinja nossa responsabilidade, nos toque (...) e justamente em nosso ser. Mas não se transforma assim a filosofia num objeto de nosso mundo afetivo e sentimental? (...) Mesmo os mais belos sentimentos não pertencem à filosofia. Diz-se que os sentimentos são algo irracional. A filosofia, não é apenas algo racional, mas a própria guarda da razão*. Afirmando isto decidimos sem querer algo sobre o que é a filosofia. Com nossa pergunta já nos antecipamos à resposta. Qualquer uma terá por certa a afirmação de que a filosofia é tarefa da razão. E, contudo, esta afirmação é talvez uma resposta apressada e descontrolada à pergunta: Que é isto – a filosofia? Pois a esta resposta podemos contrapor novas questões. Que é isto – a razão (...)? Onde e por quem foi decidido o que é razão? Arvorou-se a razão mesma em senhora da filosofia? Em caso afirmativo, com que direito? Se negativa a resposta, de onde recebe ela sua missão e seu papel? Se aquilo que se apresenta como razão foi primeiramente fixado e apenas fixado pela filosofia e na marcha de sua história, então não é um bom alvitre** tratar a priori*** tratar a filosofia como negócio da racio. Todavia, tão logo pomos em suspeição a caracterização da filosofia como um comportamento racional, torna-se desta maneira, também duvidoso se a filosofia pertence à esfera do irracional. Pois quem quiser determinar a filosofia como irracional, toma como padrão para determinação o racional, e este de um tal modo pressupõe como óbvio que seja a razão. Se, por um lado, apontamos para a possibilidade de que aquilo a que a filosofia se refere concerne a nós homens em nosso ser e nos toca, então poderia ser que esta maneira de ser afetado não tem absolutamente nada a ver com aquilo que comumente se designa de afetos e sentimentos, em resumo, o irracional.(...) Heidegger encontra-se neste momento do texto preocupado em que caminho tomar para responder sua pergunta, mas ao mesmo tempo que toma a etimologia grega da palavra, já está caminhando filosoficamente. (Extraído da coleção os PENSADORES, Martin Heidegger).

O QUE É ISTO – A FILOSOFIA?

O QUE É ISTO – A FILOSOFIA? Uma a adaptação do livro de Martin Heidegger publicado em 1956 – Qu’est-ce Que La Philosophie? Com esta questão tocamos um tema muito vasto. Por ser vasto, parece indeterminado. Por ser indeterminado, podemos trata-lo sob os mais diferentes pontos de vista e sempre atingiremos algo certo. Entretanto, pelo fato de, na abordagem deste tema tão amplo, se interpretarem todas as opiniões, corremos o risco de nosso diálogo se perder a devida concentração. Por isso devemos tentar determinar mais exatamente a questão. Desta maneira, levaremos o diálogo para uma direção segura. Procedendo assim, o diálogo é conduzido a um caminho. Digo: um caminho. Assim concedemos que este não é o único caminho. Deve ficar mesmo em aberto se o caminho para o qual desejaria chamar a atenção, no que segue, é na verdade em caminho que nos permite levantar a questão e responde-la. Suponhamos que seríamos capazes de encontrar um a caminho para responder mais exatamente à questão; então se levanta imediatamente uma grave objeção contra o tema de nosso encontro. Quando perguntamos: Que é isto – a filosofia? falamos sobre a filosofia. Perguntando desta maneira, permanecemos, num ponto acima da filosofia e isto quer dizer fora dela. Porém, a meta de nossa questão é penetrar na filosofia, demoramo-nos nela, submeter nosso comportamento às suas leis, quer dizer, “filosofar”. O caminho de nossa discussão deve ter por isso não apenas uma direção bem clara, mas esta direção deve, ao mesmo tempo, oferecer-nos também a garantia de que nos movemos no âmbito da filosofia, e não fora e em torno dela. O caminho de nossa discussão deve ser, portanto, de tal tipo e direção que aquilo de que a filosofia trata atinja nossa responsabilidade, nos toque (...) e justamente em nosso ser. Mas não se transforma assim a filosofia num objeto de nosso mundo afetivo e sentimental? (...) Mesmo os mais belos sentimentos não pertencem à filosofia. Diz-se que os sentimentos são algo irracional. A filosofia, não é apenas algo racional, mas a própria guarda da razão*. Afirmando isto decidimos sem querer algo sobre o que é a filosofia. Com nossa pergunta já nos antecipamos à resposta. Qualquer uma terá por certa a afirmação de que a filosofia é tarefa da razão. E, contudo, esta afirmação é talvez uma resposta apressada e descontrolada à pergunta: Que é isto – a filosofia? Pois a esta resposta podemos contrapor novas questões. Que é isto – a razão (...)? Onde e por quem foi decidido o que é razão? Arvorou-se a razão mesma em senhora da filosofia? Em caso afirmativo, com que direito? Se negativa a resposta, de onde recebe ela sua missão e seu papel? Se aquilo que se apresenta como razão foi primeiramente fixado e apenas fixado pela filosofia e na marcha de sua história, então não é um bom alvitre** tratar a priori*** tratar a filosofia como negócio da racio. Todavia, tão logo pomos em suspeição a caracterização da filosofia como um comportamento racional, torna-se desta maneira, também duvidoso se a filosofia pertence à esfera do irracional. Pois quem quiser determinar a filosofia como irracional, toma como padrão para determinação o racional, e este de um tal modo pressupõe como óbvio que seja a razão. Se, por um lado, apontamos para a possibilidade de que aquilo a que a filosofia se refere concerne a nós homens em nosso ser e nos toca, então poderia ser que esta maneira de ser afetado não tem absolutamente nada a ver com aquilo que comumente se designa de afetos e sentimentos, em resumo, o irracional.(...) Heidegger encontra-se neste momento do texto preocupado em que caminho tomar para responder sua pergunta, mas ao mesmo tempo que toma a etimologia grega da palavra, já está caminhando filosoficamente. (Extraído da coleção os PENSADORES, Martin Heidegger).

A filosofia entra a ciência e religião - Russel

FILOSOFIA Filosofia é uma palavra que tem sido empregada de várias maneiras, umas mais simples e outras mais restritas. Pretendo emprega-la em seu sentido mais amplo, como procurarei explicar mais adiante. A filosofia conforme entendo a palavra, é algo intermediário entre a Teologia e a Ciência. Como a Teologia, consiste de especulações sobre assuntos a que o conhecimento exato não conseguiu até agora chegar, mas, como Ciência, apela mais à razão humana do que à autoridade, seja esta a da tradição ou a da revelação. Todo conhecimento definido – eu o afirmaria – pertence à Ciência; e todo dogma, quanto ao que ultrapassa o conhecimento definido, pertence à Teologia. Mas entre a Teologia e a Ciência existe uma Terra de Ninguém: é a Filosofia. Quase todas as questões de máximo interesse dos espíritos especulativos são de tal índole que a ciência não as pode responder, e as respostas confiantes dos teólogos já não nos parecem tão convincentes como o eram nos séculos passados. Acha-se o mundo dividido em espírito e matéria. E, supondo-se que assim seja, que é espírito e que é matéria? Acha-se o espírito sujeito a matéria, ou é ele dotado de forças independentes? Possui o universo alguma unidade ou propósito? Está ele evoluindo rumo a alguma finalidade? Existe realmente leis da natureza, ou acreditamos nela devido unicamente ao nosso amor inato pela ordem? É o homem o que ele parece ser ao astrônomo, isto é, um minúsculo conjunto de carbono e água a rastejar, impotentemente, sobre um pequeno planeta sem importância? (...) Existe uma maneira de viver que seja nobre e outra seja baixa, ou todas maneiras de viver são simplesmente inúteis? Se há um modo de vida nobre, em que consiste ele, e de que maneira realiza-lo? Deve o bem ser eterno, para merecer o valor que lhe atribuímos, ou vale a pena procura-lo, mesmo que o universo se mova, inexoravelmente, para a morte? Tais questões não encontram respostas nos laboratórios. As Teologias tem pretendido dar respostas, todas elas demasiadamente concludentes, mas a sua própria segurança faz com que o espírito moderno as encare com suspeita. O estudo de tais questões, mesmo que não se resolvam esses problemas, constitui o empenho da Filosofia. Mas por que, então – poderíamos perguntar – perder tempo como problemas tão insolúveis? A isto, poder-se-ia responder como o historiador ou como individuo que enfrenta o terror da solidão cósmica. (...) Desde que o homem se tornou capaz de livre especulação, suas ações, em muitos aspectos importantes, tem dependido de teorias relativas ao mundo e à vida humana, relativas ao bem e o mal. Isto é tão verdadeiro em nossos dias como em qualquer época anterior. Para compreender uma época ou nação, devemos compreender sua filosofia e, para compreendermos sua filosofia, temos de ser, até certo ponto, filósofos. Há uma relação causal recíproca. As circunstancias das vidas humanas contribuem muito para determinar a sua filosofia, mas, inversamente, sua filosofia muito para determinar tais circunstâncias. (Bernard Russel, História da Filosofia Ocidental).

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

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                                                                                       Filipe Vilicic
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